Porto Alegre, 8 de maio de 2020 – O mercado de frango apresentou um cenário de negócios acomodados ao longo da semana. “Nem mesmo a proximidade do Dia das Mães contribuiu para aquecer o ritmo de vendas”, comenta o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias.
Segundo ele, muitas unidades frigoríficas se deparam com câmaras frias lotadas dado o lento escoamento da carne em meio as políticas de distanciamento social. “O cenário ainda é preocupante, avaliando a margem operacional negativa para a atividade em muitos estados, com os custos de nutrição animal acentuados, pressionando as atividades”, disse.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado baixou de R$ 4,50 para R$ 4,30, o quilo da coxa seguiu em R$ 4,40 e o quilo da asa em R$ 6,90. Na distribuição, o quilo do peito passou de R$ 4,60 para R$ 4,45, o quilo da coxa seguiu em R$ 4,50 e o quilo da asa em R$ 7,00.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de mudanças pontuais nos preços ao longo da semana. No atacado, o preço do quilo do peito passou de R$ 4,60 para R$ 4,45, o quilo da coxa seguiu em R$ 4,50 e o quilo da asa em R$ 7,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito cedeu de R$ 4,70 para R$ 4,55, o quilo da coxa permaneceu em R$ 4,60 e o quilo da asa em R$ 7,10.
No que tange à demanda externa, os embarques destinados à China seguem destoando, com uma presença bastante efetiva do país asiático no mercado internacional.
A receita diária média obtida com as exportações brasileiras de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas chegou a US$ 23,792 milhões no acumulado de abril, que contou com 20 dias úteis, entre os dias 01 e 30.
Na comparação com a média diária de abril de 2019, de US$ 25,493 milhões, verifica-se queda de 6,64% no valor obtido diariamente pelas exportações de carne de frango.
Nos 20 dias úteis contabilizados em abril até o dia 30, foram exportadas 320,828 mil toneladas de carne de frango, com receita total de US$ 475,842 milhões e um preço médio de US$ 1.483,20 por tonelada. Os dados partem da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo caiu de R$ 3,00 para R$ 2,90. Em São Paulo o quilo vivo subiu de R$ 2,40 para R$ 2,50.
Na integração catarinense a cotação do frango avançou de R$ 2,50 para R$ 2,60. No oeste do Paraná o preço na integração subiu de R$ 3,15 para R$ 3,20. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 2,85.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango recuou de R$ 2,90 para R$ 2,85. Em Goiás o quilo vivo baixou de R$ 2,95 para R$ 2,85. No Distrito Federal o quilo vivo foi reduzido de R$ 3,00 para R$ 2,90.
Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu em R$ 4,40. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 4,30 e, no Pará, o quilo vivo permaneceu em R$ 4,45.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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