Porto Alegre, 9 de abril de 2020 – Em uma semana mais curta, marcada pelo feriado da Páscoa, o desempenho do mercado suíno seguiu enfraquecido. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o setor seguiu pressionado pela demanda bastante restrita, gerando um lento escoamento da carne suína. “Atividades importantes da economia seguiram fechadas, como shoppings, restaurantes, hotéis e outros estabelecimentos”, comenta.
Em virtude do feriado, Maia ressalta que o ambiente de negócios entre atacado e varejo até apresentou uma ligeira melhora, mas aquém do esperado para uma semana que conta com a entrada da massa salarial na economia. “Frigoríficos relatam que estão com suas câmaras cheias, o que resulta em uma atuação comedida na aquisição de animais para abate. Com demanda interna arrefecida, um alto fluxo de exportações ao longo das próximas semanas será fundamental para que a disponibilidade e preços internos encontrem um ponto de equilíbrio”, avalia.
Levantamento mensal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil passou de R$ 4,80 para R$ 4,39, baixa de 8,57%. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu 0,88% de R$ 8,98 para R$ 8,90. A carcaça registrou um valor médio de R$ 7,64, recuo de 6,00% ante os R$ 8,13 praticados na semana anterior.
A receita diária média obtida com as exportações brasileiras de carne suína fresca, refrigerada ou congelada chegou a US$ 7,716 milhões na primeira semana de abril, entre os dias 01 e 05.
Na comparação com a média diária de abril de 2019, de US$ 5,481 milhões, verifica-se alta de 40,78% no valor obtido diariamente pelas exportações de carne suína.
Com três dias úteis contabilizados em abril até o dia 05, foram exportadas 9,509 mil toneladas de carne suína, com receita total de US$ 23,149 milhões e um preço médio de US$ 2.434,45 por tonelada. Os dados partem da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo caiu de R$ 100,00 para R$ 90,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo baixou de R$ 4,20 para R$ 4,10. No interior do estado a cotação recuou de R$ 4,95 para R$ 4,45.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração retrocedeu de R$ 4,25 para R$ 4,20. No interior catarinense, a cotação caiu de R$ 5,15 para R$ 4,55. No Paraná o quilo vivo baixou de R$ 5,10 para R$ 4,50 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo recuou de R$ 4,20 para R$ 4,10.
No Mato Grosso do Sul a cotação na integração continuou em R$ 4,30, enquanto em Campo Grande o preço baixou de R$ 4,60 para R$ 4,40. Em Goiânia, o preço caiu de R$ 5,00 para R$ 4,20. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno teve queda de R$ 5,20 para R$ 4,40. No mercado independente mineiro, o preço recuou de R$ 5,10 para R$ 4,40. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis cedeu de R$ 4,40 para R$ 4,20. Já na integração do estado a cotação passou de R$ 4,15 para R$ 4,10.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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