Procura melhora, mas preço do frango continua cedendo no Brasil

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    Porto Alegre, 20 de março de 2020 – O mercado brasileiro de frango registrou mais uma semana de preços acomodados, mesmo em meio ao cenário de demanda mais aquecida no varejo diante das recomendações para que as pessoas fiquem em suas casas, envolvendo a pandemia de coronavírus no país.

    De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, os preços do quilo vivo caíram em algumas praças, o mesmo acontecendo com alguns cortes negociados no atacado e na distribuição. “A grande preocupação leva em conta o aumento dos custos da nutrição animal, uma vez que os preços do milho seguem em elevação no país, reduzindo a margem de lucratividade da atividade”, comenta.

    A expectativa é de que a maior procura pela carne de frango possa contribuir para uma melhora da reposição entre o atacado e o varejo nos próximos dias, mesmo em um período de final de mês, em que tradicionalmente isso não acontece.

    De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado baixou de R$ 5,60 para R$ 5,20, o quilo da coxa de R$ 5,45 para R$ 5,15 o quilo da asa de R$ 7,40 para R$ 7,20. Na distribuição, o quilo do peito retrocedeu de R$ 5,70 para R$ 5,40, o quilo da coxa de R$ 5,55 para R$ 5,35 e o quilo da asa de R$ 7,60 para R$ 7,40.

    Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de queda ao longo da semana. No atacado, o preço do quilo do peito caiu de R$ 5,70 para R$ 5,30, o quilo da coxa de R$ 5,55 para R$ 5,25 e o quilo da asa de R$ 7,50 para R$ 7,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito baixou de R$ 5,80 para R$ 5,50, o quilo da coxa de R$ 5,65 para R$ 5,45 e o quilo da asa de R$ 7,70 para R$ 7,50.

    Nas exportações, o desempenho mostra sinais de enfraquecimento. Conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, as exportações de carne de frango “in natura” do Brasil renderam US$ 238,0 milhões em março (10 dias úteis), com média diária de US$ 23,8 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 150 mil toneladas, com média diária de 15 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.586,30.

    Na comparação com fevereiro, houve perda de 15,2% no valor médio diário da exportação, baixa de 16,7% na quantidade média diária exportada e alta de 1,9% no preço. Na comparação com março de 2019, houve baixa de 11,0% no valor médio diário, recuo de 10,2% na quantidade média diária e queda de 0,9% no preço médio.

    O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo baixou de R$ 3,30 para R$ 3,25. Em São Paulo o quilo vivo passou de R$ 2,97 para R$ 2,90.

   Na integração catarinense a cotação do frango seguiu em R$ 2,51. No oeste do Paraná o preço permaneceu em R$ 3,23. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo baixou de R$ 2,90 para R$ 2,75.

    No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango recuou de R$ 3,25 para R$ 3,20. Em Goiás o quilo vivo seguiu em R$ 3,25. No Distrito Federal o quilo vivo retrocedeu de R$ 3,30 para R$ 3,25.

    Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 4,50. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 4,50 e, no Pará, o quilo vivo prosseguiu em R$ 4,60.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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