Porto Alegre, 31 de janeiro de 2020 – O mercado de açúcar teve um mês de janeiro de altas tanto na Bolsa de Nova York, referência para as cotações internacionais, quanto no Brasil. Em NY (ICE Futures US), o mercado refletiu algumas preocupações com a oferta global, com destaque para a menor produção na Índia nos primeiros meses da temporada 2019/20 (outubro a dezembro), e no Brasil o cenário de entressafra contribuiu para a sustentação dos preços.
Na Bolsa de NY, o contrato março do açúcar bruto subiu 8,7% em janeiro até o dia 30, passando de 13,42 centavos de dólar por libra-peso para 14,59 centavos.
O mercado físico brasileiro de açúcar viveu um janeiro marcado por ganhos no comparativo com o mesmo mês do ano passado e também em relação ao mês imediatamente anterior, de dezembro de 2019. A média de negociação do açúcar cristal com até 150 Icumsa encerrou janeiro em R$ 73,69, cerca de 7,66% acima do mesmo momento do ano anterior quando as negociações estavam em R$ 68,35. Frente ao mês imediatamente anterior (dezembro de 2019) os ganhos foram de 5,45% em comparação com a média de preço de R$ 69,79 de dezembro.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Maurício Muruci, a valorização ocorreu em função da menor oferta diante da entressafra de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil.
Etanol
O mercado físico de etanol teve um mês de janeiro com preços também mais altos, refletindo, assim como no açúcar, a entressafra de cana no Centro-Sul. O hidratado teve ganhos de 26,40% no comparativo com o ano passado, enquanto o anidro teve alta de 25,65% no ano. “A demanda elevada pelo biocombustível também ajudou nos avanços registrados no período”, comenta.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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