Mercado suíno perde força em janeiro, com demanda retraída

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     Porto Alegre, 31 de janeiro de 2020 – O mercado brasileiro de carne suína finaliza o primeiro mês do ano confirmando um cenário de demanda retraída e de queda nas cotações. O analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia explica que a reposição entre o atacado e o varejo evoluiu de maneira comedida em grande parte do mês, com as grandes redes administrando seus estoques. “Com escoamento lento da carne, os frigoríficos atuaram com cautela na aquisição de animais para abate, o que acabou influenciando um declínio nas cotações”, avalia.

     Além da queda registrada no preço do quilo vivo, Maia afirma que os granjeiros estão preocupados com a estrutura de custos, que subiu com o movimento dos preços do milho em grande parte do Centro-Sul do país, reduzindo as margens da atividade.

     Levantamento mensal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil passou de R$ 5,30 para R$ 4,93, baixa de 6,96%. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado recuou 1,99%, de R$ 9,34 para R$ 9,16. A carcaça registrou um valor médio de R$ 8,29, queda de 8,55% ante os R$ 9,06 praticados na semana anterior.

     O analista afirma que o ritmo das exportações em janeiro desacelerou se comparado a dezembro, mas ainda pode ser considerado bom. Vale destacar que a China atuou com força em dezembro para se posicionar para o ano novo lunar. “Um alto fluxo de exportação em fevereiro será fator chave para o ajuste da disponibilidade interna, o que poderá garantir sustentação aos preços ao longo das próximas semanas”, comenta.

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 119,9 milhões em janeiro (21 dias úteis), com média diária de US$ 7,1 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 46 mil toneladas, com média diária de 2,7 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.609,30.

     Em relação a dezembro, houve queda de 13,5% na receita média diária, baixa de 13,9% no volume diário e avanço de 0,5% no preço. Na comparação com janeiro de 2019, houve aumento de 84,5% no valor médio diário exportado, ganho de 42,1% na quantidade média diária e elevação de 29,9% no preço. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     A análise mensal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo baixou de R$ 121,00 para R$ 100,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo recuou de R$ 4,20 para R$ 4,10. No interior do estado a cotação baixou de R$ 5,60 para R$ 5,10.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração permaneceu em R$ 4,30. No interior catarinense, a cotação recuou de R$ 5,70 para R$ 5,60. No Paraná o quilo vivo retrocedeu de R$ 5,70 para R$ 5,60 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo retrocedeu de R$ 4,15 para R$ 4,10.

     No Mato Grosso do Sul a cotação na integração retrocedeu de R$ 4,30 para R$ 4,20, enquanto em Campo Grande o preço caiu de R$ 4,50 para R$ 4,30. Em Goiânia, o preço baixou de R$ 6,30 para R$ 5,70. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno teve queda de R$ 6,50 para R$ 5,90. No mercado independente mineiro, o preço recuou de R$ 6,40 para R$ 6,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis baixou de R$ 4,80 para R$ 4,65. Já na integração do estado a cotação seguiu em R$ 4,10.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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