Demanda arrefecida derruba preços do frango no Brasil

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     Porto Alegre, 17 de janeiro de 2020 – O mercado brasileiro de frango registrou uma semana de forte retração nas cotações, especialmente nos cortes negociados no atacado e na reposição. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, essa queda não chega a surpreender, uma vez que neste período do ano o consumidor se depara com despesas adicionais que forçam uma queda natural na demanda por carnes.

     Em contrapartida, o crescimento dos custos de produção nas últimas semanas é uma grave preocupação para o setor avícola, avaliando o recente descolamento dos preços do milho no mercado doméstico.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram boas alterações para os cortes congelados de frango na semana frente à anterior. O quilo do peito no atacado passou de R$ 6,20 para R$ 5,95, o quilo da coxa de R$ 6,35 para R$ 5,90 e o quilo da asa de R$ 10,50 para R$ 9,50. Na distribuição, o quilo do peito retrocedeu de R$ 6,40 para R$ 6,15, o quilo da coxa de R$ 6,45 para R$ 6,00 e o quilo da asa de R$ 10,75 para R$ 9,75.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de mudanças ao longo da semana. No atacado, o preço do quilo do peito caiu de R$ 6,30 para R$ 6,05, o quilo da coxa de R$ 6,47 para R$ 6,02 e o quilo da asa de R$ 10,58 para R$ 9,58. Na distribuição, o preço do quilo do peito retrocedeu de R$ 6,50 para R$ 6,25, o quilo da coxa de R$ 6,57 para R$ 6,12 e o quilo da asa de R$ 10,83 para R$ 9,83.

     As exportações de carne de frango “in natura” do Brasil renderam US$ 192,1 milhões em janeiro (7 dias úteis), com média diária de US$ 27,4 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 113,7 mil toneladas, com média diária de 16,2 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.690,10.

     Na comparação com dezembro, houve queda de 1,0% no valor médio diário da exportação, perda de 5,5% na quantidade média diária exportada e alta de 4,8% no preço. Na comparação com janeiro de 2019, houve alta de 47,9% no valor médio diário, ganho de 37,1% na quantidade média diária e ganho de 7,9% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo permaneceu em R$ 3,50. Em São Paulo o quilo vivo baixou de R$ 3,20 para R$ 2,65.

     Na integração catarinense a cotação do frango seguiu em R$ 2,54. No oeste do Paraná o preço se manteve em R$ 3,09. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo permaneceu em R$ 2,80.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 3,15. Em Goiás o quilo vivo permaneceu em R$ 3,45. No Distrito Federal o quilo vivo permaneceu em R$ 3,50.

     Em Pernambuco, o quilo vivo baixou de R$ 4,20 para R$ 3,80. No Ceará a cotação do quilo vivo caiu de R$ 4,20 para R$ 3,80 e, no Pará, o quilo vivo recuou de R$ 4,40 para R$ 4,00.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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