Milho apresenta avanços nas cotações no Brasil no começo de 2020

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     Porto Alegre, 10 de janeiro de 2020 – O mercado brasileiro de milho apresentou preços mais altos nesta semana. O começo do ano vai sendo de avanços graduais nas cotações, com o mercado refletindo uma oferta restrita. Há grande preocupação com o clima seco no Rio Grande do Sul, com temores em torno de quebra da safra, o que contribui para os produtores segurarem a oferta.

     Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os produtores seguem apostando na retenção como estratégia recorrente. “Os consumidores se deparam com dificuldades na composição de seus estoques, levando à continuidade do movimento de alta”, aponta o analista.

    No Porto de Santos, na base de compra, o preço subiu de R$ 48,50 para R$

50,00 a saca de 60 quilos no comparativo da semana (entre os dias 09 e 02 de

janeiro).

     Já em Campinas/CIF, a cotação do milho, na base de venda, subiu de R$ 50,50 para R$ 54,00 a saca no comparativo dos últimos 7 dias. Na Mogiana paulista, mercado avançou de R$ 47,50 para R$ 50,50 a saca.

     Em Rio Verde, Goiás, o preço na venda passou de R$ 44,00 para R$ 46,00 a saca. Já em Uberlândia, Minas Gerais, a cotação se manteve estável em R$ 52,00 na venda.

     Em Cascavel, no Paraná, o valor do milho subiu de R$ 43,00 a saca na venda para R$ 45,50, e em Rondonópolis, Mato Grosso, preço avançando de R$ 37,00 a saca na venda para R$ 42,00.

Conab

     A produção brasileira de milho em 2019/20 deverá ficar em 98,710 milhões de toneladas, segundo o quarto levantamento para a safra brasileira de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), caindo 1,3% sobre a temporada passada, quando foram colhidas 100,042 milhões de toneladas. Na estimativa anterior a safra havia sido aponta em 98,409 milhões de toneladas.

     A produção da primeira safra está estimada em 26,617 milhões de toneladas, com avanço de 3,8% sobre o ano anterior, quando foram colhidas 25,647 milhões de toneladas na safra de verão.

     Em relação à segunda safra, ou safrinha, a Conab prevê produção de 70,936 milhões de toneladas, com queda de 3,1% sobre o ano anterior, quando a safra ficou em 73,178 milhões de toneladas.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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