Algodão freia tendência de queda, acompanhando NY e dólar

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     Porto Alegre, 10 de janeiro de 2020 – A alta expressiva da Bolsa de Nova York nesta quinta-feira, combinada com a elevação do dólar em relação ao real, permitiu que os preços domésticos freassem a tendência de queda que se verificava ao longo desta semana.

     No CIF de São Paulo, a pluma foi cotada a uma média de R$ 2,68 por libra-peso, com alta de 0,15% em relação ao dia anterior. No FOB do porto de Santos, a fibra brasileira fechou indicada a 67,04 centavos de dólar por libra-peso (c/lb), com queda de 0,25% em relação ao dia anterior e valor 5,3% inferior ao fechamento do contrato spot na Bolsa de Nova York. Há um mês, era 1% inferior.

     “Esse alargamento do spread entre os preços domésticos e os da Ice Futures mostra que os agentes começam a se ajustar a um cenário em que os Estados Unidos terão mais força competitiva na China, após a assinatura da fase 1 do acordo comercial entre os dois países”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.

     No acumulado atual temporada (junho/dezembro de 2019), o Brasil escoou 382 mil toneladas de algodão em pluma para a China, o que corresponde a 44% do total exportado. “Sem as tarifas impostas pelo governo chinês aos norte-americanos, o Brasil deixa de ter a vantagem e precisará compensar essa diferença com prêmios negativos em relação ao produto norte-americano”, pondera Bento.

     Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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