Porto Alegre, 7 de janeiro de 2020 – É pouco provável que o Brasil enfrente uma nova greve de caminhoneiros decorrente do aumento no preço dos combustíveis, mas o risco de uma paralisação deste tipo aumentaria a partir do momento em que o petróleo negociado no mercado internacional passasse a custar mais de US$ 80 por barril, segundo a Eurasia. Hoje pela manhã o petróleo era negociado a US$ 68,50.
“Uma greve continua sendo pouco provável caso os preços do petróleo continuem na faixa de US$ 65 a US$ 75 por barril – que é o nosso cenário base. Os riscos aumentam se os preços do petróleo superarem US$ 80 por barril, dadas as escolhas difíceis em torno de quanto do aumento de preço repassar aos consumidores”, disse a consultoria em uma nota a clientes.
A Eurasia também considera pouco provável o governo interferir na política de preços da Petrobras – que impede o preço dos combustíveis no mercado interno de ficar abaixo do observado no mercado internacional – e os governadores aceitarem reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina e o diesel, visto que boa parte dos estados passa por dificuldades fiscais.
“O cenário mais provável é a Petrobras suavizar a volatilidade de curto prazo, abstendo-se de ajustar os preços no curto prazo, que foi a abordagem usada pela companhia após o ataque a uma refinaria de petróleo saudita em setembro, evento que aumento o preço internacional do petróleo”, afirmou. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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