Trigo fecha sexta alta seguida em Chicago, na máxima em quase dois meses, com demanda aquecida

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    Porto Alegre, 4 de setembro de 2024 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais altos. O mercado acentuou os ganhos na segunda parte da sessão, chegando ao maior nível desde 12 de julho. Esta foi a sexta sessão positiva consecutiva.

     A demanda por exportações, com licitações de compra da Coreia do Sul e da Tailândia, além de dados de vendas externas da Ucrânia, favorece a valorização. Segundo Kiev, o país exportou 7,2 milhões de toneladas entre o início da temporada, em julho, e o dia 4 de setembro. Em igual período do ano passado, eram 4,9 milhões.

    O cereal também encontra suporte na desvalorização do dólar frente a outras moedas e nas más condições das lavouras na Europa. Conforme analistas consultados por agências internacionais, as grandes apostas de especuladores em queda no preço do cereal deixaram o mercado vulnerável à cobertura de posições vendidas.

    Segundo a Reuters, fortes chuvas causaram perdas de safras em toda a Europa Ocidental, com a União Europeia informando que suas exportações de trigo soft nesta temporada 2024/25 devem ser mais de um milhão de toneladas menores do que no ano passado.

    O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de trigo primavera. Até 1o de setembro, a colheita estava apontada em 70%. Na semana passada, eram 51%. Em igual período do ano passado, o número estava em 68% e a média dos últimos cinco anos é de 70%.

    Já sobre a evolução do plantio das lavouras de trigo de inverno, até 1o de setembro, a semeadura estava apontada em 2%. Em igual período do ano passado, o número estava em 1% e a média dos últimos cinco anos é de 2%.

    No fechamento, os contratos com entrega em dezembro eram cotados a US$ 5,80 3/4 por bushel, alta de 14,00 centavos de dólar, ou 2,47%, em relação ao fechamento anterior. Os contratos com entrega em março eram negociados a US$ 6,00 3/4 por bushel, ganho de 14,50 centavos, ou 2,47% em relação ao fechamento anterior.

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Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Safras News

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