Porto Alegre, 29 de novembro de 2024 – A avicultura de corte apresentou um mês de alta dos preços no atacado e mercados independentes do vivo. De acordo com o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o movimento de novembro acompanhou a valorização da carne bovina, consolidando a proteína como uma opção mais acessível para o consumidor.
De acordo com o analista, o baixo poder de compra das famílias brasileiras impulsionou a procura por proteínas de menor valor agregado, como a carne de frango, movimento que deve se manter no curto prazo, favorecendo a manutenção de uma demanda aquecida até o final de 2024.
Além do mercado interno, as exportações de carne de frango seguem em ritmo acelerado, com volumes que estabeleceram um novo recorde em novembro. A competitividade do frango brasileiro no mercado global, aliada à demanda crescente de mercados estratégicos, tem contribuído para manter as exportações em alta e enxugar a oferta doméstica, equilibrando o setor.
Com boas perspectivas para o mercado interno e externo, a avicultura de corte entra no último mês do ano com otimismo, beneficiada tanto pelo aumento do consumo doméstico quanto pela forte presença nos mercados internacionais.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo, os preços dos cortes congelados de frango tiveram algumas mudanças ao longo do mês. O preço do quilo do peito teve alta de R$ 10,50 para R$ 11,00, o quilo da coxa de R$ 8,30 para R$ 8,80 e o quilo da asa caiu de R$ 13,25 para R$ 12,75. Na distribuição, o preço do quilo do peito avançou de R$ 10,75 para R$ 11,30, o quilo da coxa de R$ 8,50 para R$ 9,00 e o quilo da asa recuou de R$ 13,50 para R$ 13,00.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante o mês. No atacado, o preço do quilo do peito teve aumento de R$ 10,60 para R$ 11,10, o quilo da coxa de R$ 8,40 para R$ 8,90 e o quilo da asa teve queda de R$ 13,35 para R$ 12,85. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve incremento de R$ 10,85 para R$ 11,40, o quilo da coxa de R$ 8,60 para R$ 9,10 e o quilo da asa caiu de R$ 13,60 para R$ 13,10.
O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo subiu de R$ 5,40 para R$ 5,50 e, em São Paulo, a estabilidade foi em R$ 5,50.
Na integração catarinense a cotação do frango seguiu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação permaneceu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango foi de R$ 5,35 para R$ 5,45. Em Goiás, a cotação teve elevação de R$ 5,35 para R$ 5,45 e, no Distrito Federal, de R$ 5,40 para R$ 5,50.
Em Pernambuco, o quilo vivo teve valorização de R$ 7,20 para R$ 9,00, no Ceará de R$ 7,00 para R$ 8,90 e, no Pará, de R$ 7,30 para R$ 9,25.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 665,397 milhões em outubro (14 dias úteis), com média diária de US$ 47,528 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 353,675 mil toneladas, com média diária de 25,262 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.881,4.
Em relação a novembro de 2023, houve avanço de 50,4% no valor médio diário, alta de 41,8% na quantidade média diária e avanço de 6,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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