São Paulo, 28 de novembro de 2024 – O dólar comercial fechou em alta de 1,30%, cotado a R$ 5,9903. A moeda refletiu, ao longo da sessão, o pacote fiscal divulgado pela manhã.
A economia prevista entre 2025 e 2026 é de R$ 71,9 bilhões. Até 2030 é projetado que o corte
envolva R$ 327 bilhões.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ponderou que “estamos conseguindo manter a inflação controlada, apesar dos choques climático e externo. Devemos fechar o ano com a inflação dentro da meta e com crescimento de 3,4% a 3,5% do PIB”.
O head de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, observa que “apesar de toda a repercussão do mercado em relação ao pacote de corte de gastos, o real não teve uma desvalorização muito discrepante quando comparado a outras moedas emergentes. O dólar se valorizou contra todas as unidades monetárias, incluindo o peso mexicano, que é a divisa mais impactada, assim como o peso chileno, o rand sul-africano e até o próprio euro. Não foi um movimento exclusivo da moeda brasileira”.
O economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, entende que as medidas não resolvem “a incerteza do mercado, seguem opacas e sem sinais de que vão endereçar o problema. Mas, ao afirmar que o governo terá de seguir trabalhando para equilibrar as contas e que, se for necessário, vão voltar ao Lula sugere que devem vir mais ações à frente”.
Borsoi acredita que a coletiva desta manhã apenas acentuou as incertezas sobre o fiscal, que se refletem mais nos juros do que propriamente no dólar.
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Paulo Holland / Safras News
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